As águas de Budapeste
Chego a Budapeste às 9 horas, depois de 13 horas de viagem de comboio. Tenho pela frente as últimas 24 horas da minha viagem. Devido ao problema que tive com a máquina fotográfica no primeiro dia, decido voltar a alguns dos locais que tinha já visitado para tirar algumas fotos.
Resolvo tomar um café no mais célebre café da cidade, o Gerbeaud. O seu luxo e requinte oferece preços muito acima das minhas possibilidades, mas é o meu último dia, por isso disponho-me a pagar os 4 euros pelo café. Afinal até saiu barato, porque decido sair sem pagar! (Uma rebeldia à portuguesa).
Continua a chover em Budapeste! Mas desta vez, tudo é diferente. A começar por mim! Sinto agora um à vontade e uma descontracção fruto da "bagagem" de 13 dias de viagem, um sentimento muito diferente do primeiro dia que passei nesta cidade, quando tudo me era estranho, desconfortável e incerto. E depois, há uma feira na cidade! As feiras são para o viajante como porto seguro para os marinheiros. Há música, comes e bebes, bugigangas para comprar e uma multidão que não nos deixa sentir sós! Almoço na feira com um ilustre desconhecido, talvez o homem mais bonito com quem tomei uma refeição na vida. Acabado o almoço despedi-mos e cada um vai à sua vida, no meu caso vou aos banhos.
Os banhos são uma das melhores atracções de Budapeste, algo que ninguém deve perder se algum dia por aqui passar. Entre piscinas com água a 36 e 38 graus, sauna, massagens e duches, sentimo-nos um imperador no seu máximo momento de lazer. A segunda melhor sensação do dia (depois da companhia do almoço).
Regresso ao hostel e pergunto na recepção por um bom restaurante para a minha última refeição da viagem. Depois de alguns telefonemas, reservam-me uma mesa num restaurante indiano (ao sábado jantar em Budapeste exige marcarção em qualquer restaurante). Quando chego ao Indigo (indiano mas de alto nível) tenho uma mesa à minha espera e sou recebida pelo dono, um indiano de Goa, que aproveita a minha presença para recordar algumas palavras de português.
Passeio pela última vez por Budapeste, o "Paris do Leste".
Finalmente parou de chover!
3 Comments:
O ilustre desconhecido esteve o tempo todo à espera de o convidares para os banhos e nada.
Assim jamais o Danúbio será Azul
Só agora foi possível ler sobre Berlim, Viena, Bratislava e, finalmente, Budapeste. A esta hora já deves estar de regresso a Portugal. Pois, parece-me que a experiência valeu a pena! Agora, começas realmente a tomar o gosto à liberdade de andar pelas cidades, incógnita no meio de muitos desconhecidos. Como dizia o provérbio medieval, "o ar da cidade liberta o ´homem". Neste caso, a mulher! Beijos.
Isabel
Vê lá se voltas que eu tenho saudades!!!
Beijos
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